Cidadania e Justiça

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SER BOM

19/03/2009 - DM
Ser bom é olhar as coisas e as pessoas com os Olhos do Amor. Lição incomparável ensinada pelo Mestre Jesus: “A candeia do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se forem maus, o teu corpo será tenebroso”; o Divino Mestre nos percebe como luz do mundo, contudo preferimos viver tal qual pequenina chama bruxuleante (Mt 6.22,23; 5:14). No culto do Evangelho no Lar realizado todos os domingos, escolhemos esta maravilha de lição para complemento do texto evangélico, destacando alguns traços do Homem de Bem: - aquele que domina a arte da sinceridade; usa de benevolência; possui aspecto jovial e sociável; demonstra carinho pelas crianças; aprecia a fauna e a flora; é um bom ouvinte em suas relações com os outros, sempre disposto quando pode ser útil, solidário e cordial.O instrutor espiritual Hammed, no magnífico estudo psicológico sobre a sensibilidade humana (Imensidão dos Sentidos), começa diferenciando bondade e desatenção às necessidades pessoais. “Ser bom não é ter uma vida associada à autonegação ou autonegligência, nem mesmo ajustar-se obsessivamente às exigências e necessidades dos outros. Acima de tudo, o bondoso conhece e defende os próprios direitos, ou seja, sabe cuidar de si mesmo.” Como esperar bondade de alguém que não cuida bem nem de si mesmo? Cuidar de si não quer dizer eu antes de tudo, mas com certeza significa eu também.Na vida em sociedade, nos acostumamos a fazer constantes solicitações e exigências às outras pessoas. Quando aprendemos a ver com os olhos do amor não nos deixamos “estimular orgulhosamente” pelas pessoas que nos rodeiam, porque aprendemos a amar ou a desempenhar nossas tarefas sem expectativas alheias. Aprendermos a dizer “não posso”, “não concordo”, “não sei”, “não quero”, significa que estamos no controle de nós mesmos. Não significa que tenhamos de dizer “não” a tudo, mas que exerceremos o direito de responder com franqueza quando nos perguntarem se gostamos ou não de alguma coisa. Se não formos capazes de pronunciar a simples palavra “não” quando bem quisermos, permitiremos que outras pessoas nos explorem sem parar, afastando-nos daquilo que realmente podemos e queremos fazer. Quando nos achamos indispensáveis, tomando ares de suficiência e de desdém, ao prestarmos nosso concurso, deveríamos nos conscientizar de que, com esta atitude, não estamos ajudando os outros. O orgulhoso se precipita em satisfazer vontades caprichosas; o bondoso estimula a aprendizagem, porque sabe que é pelo caminho dos erros e acertos que vem o conhecimento e, por consequência, o crescimento espiritual. Ser bom não quer dizer que devemos interferir ou ficar presos nos problemas dos outros. A generosidade compulsiva pode nos levar a atos de bondade por obrigação, pena, sentimento de culpa ou suposta autoridade moral. Precisamos elevar com o Divino Amigo o nosso entendimento quando disse junto à multidão sofredora: “Tenho compaixão da multidão” (Marcos, 8:2). Compaixão é um ato de fidelidade consigo mesmo. O compassivo lança mão da própria dignidade, promovendo ao mesmo tempo a dignidade alheia. Desde hoje, meus amigos, acabemos com os olhares de tragédia, fracasso, culpa e medo, pois o espírito está sempre pronto para aprender com os próprios erros e recomeçar sempre. Que aprendamos a canalizar a energia do bem através dos nossos olhares, estimulando a paz, a bondade e a compaixão entre todos. Francisco de Assis Alencar é CEL PM RRG 4.644 PM/GO(http://pmvida.blogspot.com)

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